Nossa História



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A história do Centro de Educação para Surdos Rio Branco teve seu início na década de 70, quando uma comissão do Rotary Club de São Paulo - Jardim América, idealizou um trabalho para atender surdos provenientes de famílias de baixa renda e firmou uma parceria com a Fundação de Rotarianos de São Paulo – FRSP - que cedeu espaço no Lar Escola Rotary – LER para montagem da classe.

O LER funcionava desde 1947, graças à iniciativa de um dos pioneiros da FRSP, Sr Niso Vianna, que inspirado por sua esposa dona Cherubina, doou uma área para implantação de um serviço assistencial e educacional para crianças e jovens carentes da região de Cotia.




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No Brasil a metodologia oralista imperava na educação dos surdos e tinha como principal objetivo, a transformação do surdo em pseudo-ouvinte-falante. Neste cenário, foi elaborado o Curso Renato Tonacci para deficientes auditivos, que teve sua aula inaugural realizada no dia 02 de junho de 1977.




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Três anos mais tarde o curso passou a ser totalmente mantido pela FRSP.






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Em 1988 o curso foi reorganizado e passou a ser denominado “Classe de Estimulação e Sensibilização para Surdos”.




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Dezenove anos após o começo do trabalho, em março de 1996, iniciaram-se oficialmente as aulas da 1ª série do Ensino Fundamental para surdos. A escola foi crescendo gradativamente até a implantação da 4ª série ( atual 5º ano) em 1999.




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Em 1998 a escola foi transferida para um novo espaço, nascido da necessidade de ampliação e de constituição de um ambiente a serviço de um projeto de educação para crianças surdas.

Ao ocupar um espaço próprio, a escola passou a ser denominada Escola Especial para Crianças Surdas, da Fundação de Rotarianos de São Paulo. Neste momento, foram contratados funcionários surdos para trabalharem na escola, fato de extrema importância, visto que foi dado a criança surda a possibilidade de ter contato e interagir com adultos surdos usuários da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e com a cultura surda.




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Um ano mais tarde, em 1999, foi contratado o primeiro professor surdo, o que marcou significativamente a trajetória da escola, pois o contato com um educador surdo possibilitou aos alunos a aquisição da Língua de Sinais, o desenvolvimento lingüístico e a formação de um sentimento positivo em relação a sua identidade enquanto surdo.

Paulatinamente a abordagem bilíngüe/multicultural foi implementada na ação educativa e firmou-se posição a respeito da utilização da LIBRAS e da presença crescente de educadores surdos na escola. A escola também passou a promover o contato dos alunos e seus familiares com a comunidade surda e os adultos surdos passaram a ser referências.





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No final do ano de 1999 foi desenvolvido o Programa Continuidade de Escolaridade, para que os alunos concluintes da 4ª série prosseguissem, com o apoio da escola, seus estudos no Ensino Fundamental II e posteriormente no Ensino Médio.





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Em 2001, um novo salto na trajetória da escola ocorreu com a criação do "Programa Estimulação do Desenvolvimento", pois passou a atender crianças na faixa etária de 0 a 3 anos, propiciando um desenvolvimento de linguagem dentro dos padrões etários, favorecendo a futura escolarização.





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Ampliando suas atividades junto a comunidade surda, no ano de 2005 o CES Rio Branco promoveu a Inclusão de grupos de alunos surdos em classes do segundo ciclo do Ensino Fundamental do Colégio Rio Branco Granja Vianna.





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No ano de 2006, a Fundação de Rotarianos de São Paulo desenvolveu um estudo de marca e incorporou o nome Rio Branco a todas as mantidas. A Escola passou a ser denominada ESCOLA PARA CRIANÇAS SURDAS RIO BRANCO. Retirar a terminologia “especial” do nome da escola simbolizou a mudança de paradigma, pois assim como a criança deficiente auditiva foi gradativamente, se transformando em criança Surda, indivíduo com identidade e cultura próprias, a escola deixou de ter a denominação especial que denotava patologia ou restrição dando visibilidade a sua real proposta, que é ser uma escola que respeita a diferença e a diversidade linguística.





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Com o passar dos anos o trabalho desenvolvido rompeu as barreiras da sala de aula e a Escola para Crianças surdas Rio Branco passou a desenvolver outras atividades, em parceria com as diferentes mantidas da Fundação de Rotarianos de São Paulo, que envolvem de forma mais ampla toda discussão sobre a cultura e a identidade surda.






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Em 2012 mais uma vez o CES Rio Branco ampliou sua área de atuação e implantou classes bilíngues para surdos no Colégio Rio Branco Higienópolis, com a abertura da turma de maternal e ampliação anual e gradativa desse trabalho.

A evolução no campo de atuação da escola ocorreu naturalmente ocupando um espaço cada vez maior na comunidade e o nome escola passou a não condizer com a realidade das atividades desenvolvidas. Esse crescimento e a expansão de sua área de atuação abriu espaço para novas frentes. A Escola evoluiu e partir de 2012 transformou-se no Centro de Educação para Surdos Rio Branco.






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Ao estabelecer uma ponte entre o passado e o presente, observa-se que um longo caminho foi percorrido, muitos desafios se apresentaram e grandes avanços foram alcançados, mas a história não se encerra aqui e o CES Rio Branco está ciente de seu papel junto a essa minoria, de oferecer uma educação que possibilita a reflexão, a atuação e transformação social, além de um espaço que dá visibilidade à comunidade surda.